sábado, 17 de janeiro de 2009

Taça da Liga - comentário ao formato.

O Benfica é a primeira equipa apurada para as meias finais.
Com um jogo às 16h00 de um sábado, uma novidade, o Benfica levou a melhor sobre o Belenenses e vai proporcionar uma noite melhor aos patrocinadores, na medida em que trouxe algum público ao estádio, quando os números já desanimavam e que o clube que mais adeptos arrasta (quer aos estádios, quer na televisão) garantiu a presença na fase seguinte. Por outro lado é incompreensível como é que se pode falar em competição na verdadeira acepção da palavra quando na jornada decisiva, jogos que envolvem equipas na luta pelos mesmos objectivos estão separados por 24h de diferença.
Nos últimos dias tem-se discutido e criticado muito o acesso privilegiado dos grandes à fase final, já que entram numa fase muito avançada da prova.
De facto, os critérios de entrada facilitam a vida aos grandes, as equipas da LH têm poucas hipótese, visto que na 1ª ronda ficam logo reduzidas a metade.
Mas é necessário atentar numa coisa: os patrocinadores, e consequentes receitas. Esta competição não foi feita com o intuito de dar minutos de jogo aos clubes pequenos, mas sim aos de topo e que mais apoios conseguem. Se assim não fosse, como se justificava que 8 equipas da Vitalis ficassem pelo caminho ainda em Agosto. O mal dos clubes portugueses é, neste momento, a falta de receitas e de dinheiro para fazer face às despesas e com o actual formato, ganham mais do que no anterior, não obstante as consequências competitivas.
Aliás, acho que esta competição em termos desportivos de rodagem de jogadores jovens e/ou pouco utilizados perdeu sentido aquando da criação da muito elogiada Liga Intercalar. Essa, sem grandes objectivos de índole financeira, foi criada precisamente com esse propósito. Aqui, veja-se o que aconteceu: só o FC Porto pôs um onze com esse propósito (em 2 jogos)...
Portanto, esses clubes (ou representantes, como por ex. treinadores) que agora se vêm queixar, aprovaram em assembleia o actual modelo, que pode ser mau em termos competitivos, mas talvez, em termos de receitas e na recolha de patrocínios não seja assim tão mau.

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